sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estranha, mutante...

Trago em meu peito fagulhas de vidro
que me cortam a carne e arde.
E na garganta um grito preso, engasgado,
gás, inflamável, prestes a explodir.
Um coração absorto, meio torto e com frio.
Cabeça feita, laços, afetos, fitas desbotadas...
Nos olhos carrego um lago em tempestade,
Mas meus pés criam asas e não encontram limites.