domingo, 26 de abril de 2009

Eles estão por aí, em qualquer lugar... e no meu altar de toalha branca.



São tantos meus santos...
Uns tão puros, outros nem tanto.
Sadus, mendigos, músicos, profanos,
profetas, libertários, ioguis, insanos,
andarilhos, ermitões, poetas, mundanos.
São tantos meus santos, são tantos...
Canonizados, carbonizados, esquisitos,
maltratados, amarelados, esmaecidos.
Catalogados no meu velho diário.
Eles enfeitam meu altar de toalha branca,
onde ainda ajoelho e rezo, versos esquecidos.
Nem sempre me trazem paz, muitas vezes espadas.
Dileceram meu coração, depois colocam bandagens.
Sopram nos meus ouvidos verdades, mentiras, bobagens.
Me açoitam e me assopram, depois propõem beberagens,
brindes, camaradagens, reconciliações, viagens...
São loucos, inseguros, sábios, imaturos... Meus santos!
São Joãos, Gilbertos, Johns, Tons, Zés, Pedros, Luíz, Bobs, Ramons,
Elísias, Elis, Julias, Marias, Zulmiras, Reginas, Déboras, Dolores,
Klimts, Jacks, Corsos, Belchiors, Basquiats, Jorges, Gabrieis,
Mirós, Chicos, Vinícios, Paulinhos, Ernestos, Benjamins, enfim...
São tantos meus santos, uns tão puros, outros nem tanto.

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