quarta-feira, 24 de março de 2010

Uma noite de fossa quando descobri que o nosso amor já era...


Rasguei sua camisa amarela, aquela que eu mesma fiz, com três metros de entardecer...
Apaguei do meu PC seus vestígios todos. Fotos, músicas, poesias...
Qualquer coisa que me  faça lembrar o casal que fomos um dia.
Tomei uns comprimidos pra dormir, pra esquecer que estou sofrendo,
quase morrendo de tantas saudades e dor...
Bebi quatro taças de vinho, depois derramei mais de mil lágrimas...
(Manchando antigas cartas de amor.)
Brindei sozinha à minha solidão... E procurei uma faca na cozinha,
pra cortar laços, pulsos, nós... Finca-la de vez no próprio coração.
Apertei com tanta força minha mão vazia, como se a sua estivesse ali.
Esmurrei a parede de azulejo do banheiro e te vi de relance no espelho,
balançando sutilmente a cabeça, e talvez  pensando em voz alta:
"Baby, o amor tem prazo de validade, e efeitos colaterais desastrosos"...
Procurei outra garrafa de vinho!
Querendo embebedar lembranças e mágoas...

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