domingo, 27 de março de 2011

Servidão


Beijo sua boca calada
como quem bebe
o último gole d 'água
no deserto.
Procuro seus olhos incertos
como quem busca
um farol na tempestade.
Aperto sua mão suada
como uma criança com medo
da noite escura e malvada
Abraço se corpo cansado
como se ali fosse um abrigo
depois de uma catástrofe.
Estou no limítrofe,
vivendo em perigo
navegando na fronteira
entre o amor e a servidão
como um cão sedento
esperando migalhas
e sorrindo para o seu dono...

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