sábado, 28 de maio de 2011

Uma mulher qualquer...


Eu sou uma Maria
uma mulher qualquer.
Uma Zabé da loca,
uma louca da oca,
uma Vitória, muriçoca!
Sou cafona, cafuçu,
anjo azul...
Virgem, santa, puta,
urbana, matuta, baiana,
preguiçosa, paulistana,
paranóica!
Sou do bem,
sou má também.
Mal falada, mal amada,
atrevida, pê da vida!
Sou margarida deprimida.
Tomo vinho com lexotan,
sou tantan, sou tão forte...
Seguro a barra na marra.
mas tenho medo da morte.
Sou mala, medrosa,
sou melindrosa.
Eu sou você, sou Elza, Rosa,
Zulmira, Teresa, Débora,
Víbora, profana, sou Ana.
Do porto, das docas.
Sou Bárbara, Barbarela,
Heliodora, horrorosa e bela,
adormecida, sou cinderela!
Eu sou uma fruta gogóia,
eu sou uma flor...
Sinto arrepios e calor,
o sangue fervendo nas veias.
E nas noites de lua cheia,
uivo feito uma loba,
boba? Também sou!

3 comentários:

  1. Muitas de nós, mulheres, sentimos assim, Rita. Eu sinto. E também gosto de ser assim.

    Bjs

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  2. Ô Elza, somos todas iguais, com todas as nossas diferenças... Beijo!

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  3. Oláaaaaaaaaaa

    Que bom que me descobriu e melhor ainda que me acompanharás agora ! Há tempos leio seus poemas e poesias, me identifico, aprendo e sinto com eles. Meu blog é meio futil e descompromissado, mas adoro usar a internet como divã !!!! Um bju grandeeeeee

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