Ela pinta a vida da cor que deseja,
pragueja com voz de veludo...
Tem medo do tempo, do vento,
tem medo do medo, medo de tudo!
Mas navega tempestades em copo d'água,
singrando a madrugada escura e fria,
cortando dezessete vezes sete ondas,
ela dorme e morre e ressuscita todo dia!
Acorda, acode, limpa, lava, tem ódio..
pragueja com voz de veludo...
Tem medo do tempo, do vento,
tem medo do medo, medo de tudo!
Mas navega tempestades em copo d'água,
singrando a madrugada escura e fria,
cortando dezessete vezes sete ondas,
ela dorme e morre e ressuscita todo dia!
Acorda, acode, limpa, lava, tem ódio..
tece, borda,.transborda amor e alegria.
Depois perdoa setenta vezes sete vezes!
Costura, cozinha, faz bolo, ioga e poesia.
Recita versos desconexos, faz sexo!
Murmurando palavras ininteligíveis...
Chora, ora, sorri. Acredita na própria sina!
Carrega nos ombros uma vã culpa cristã,
e os pecados à espreita em cada esquina
Ela pinta a vida de chuva, de sol, de cinza!
Depois perdoa setenta vezes sete vezes!
Costura, cozinha, faz bolo, ioga e poesia.
Recita versos desconexos, faz sexo!
Murmurando palavras ininteligíveis...
Chora, ora, sorri. Acredita na própria sina!
Carrega nos ombros uma vã culpa cristã,
e os pecados à espreita em cada esquina
Ela pinta a vida de chuva, de sol, de cinza!