quinta-feira, 20 de março de 2008

A vida pulsa...


A vida pulsa! O tempo todo, amiúde!
Pulsa na gota de sangue,
na gota de chuva, de suor...
na gota de orvalho. No orgasmo.
No zum do besouro abusado.
Na água desgovernada que desce,
nas correntezas.
No nascer e no pôr do sol.
Na réstia de luz que entra
pela fresta da janela...
nos olhos dela, alegres ou tristes!
no dedo em riste, do guarda
de trânsito, no trânsito caótico.
num grito hipnótico!
Na algazarra dos pássaros,
e dos meninos, e das meninas.
No lamento das viúvas,
que choram seus mortos.
Na fumaça da xícara de café,
na mão que faz um cafuné,
nos pés cansados dos caminhantes,
na batida triste do blues.
No coração, na garganta. No pulso!
A vida pulsa, nas flores, nas cores,
nos bares, nas noites, nos becos,
nos cheiros, nos gestos, nos rastros...
No semblante do amante apaixonado,
ou do namorado abandonado.
na leveza da bailarina, esguia.
No remanso do lago, no fado, no tango...
A vida pulsa, amiúde.
Nas coisas tão pequenas,
e tão infinitamente grandes.
Pulsa, pulsa! Sem cobrar nada.
Sem dizer nada... Nada!
Apenas, pulsa!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pode comentar... E obrigada pela companhia!