sábado, 12 de setembro de 2009

Jardim insólito.


A solidão me atrai, me seduz,
me encanta, me amedronta, me vicia...
A solidão me alicia e me mata aos poucos.
Ela crava um espinho de cactus em mim.
Depois sopra uma canção e me embala,
me enrola em sua névoa cinzenta cambraia,
e em meu coração infértil e louco,
planta uma semente murcha de jasmin.
A solidão faz dele sua morada,
rega a semente murcha, todo santo dia.
Nasce em mim uma flor estranha, solitária...
Cujo aroma se assemelha a nostalgia.
A solidão com ciúmes vai embora cedo.
Eu fico aqui cuidando desse jardim insólito,
regando com lágrimas flores estranhas,
com cheiro de tristeza, piedade e medo

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