sábado, 24 de outubro de 2009

solidão...



A solidão é um manto frio
que me cobre os ombros.
Os escombros de uma casa velha,
onde dantes morou um infeliz.
É um mantra triste de um sadu louco,
os versos roucos de um poeta indeciso.
O decote preciso no peito da meretriz.
A minha solidão...
É o corte impreciso de uma faca cega.
Uma cabra-cega tateando o muro.
um sopro de vela ardendo no escuro.
A solidão é minha,
é companheira.
Mora na cabeceira da minha cama,
me seduz, me acaricia, me ama.
A solidão me chama toda hora,
a noite inteira!

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