segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Paixão



A minha paixão,
tem infinita densidade.
Altura, profundidade,
largura, tempo, calor,
energia e explosão!
A minha paixão,
tem tudo isso
e não se mede.
É como sangue,
correndo nas artérias.
É conversão de energia
em matéria. E vice-versa.
É universo em expansão!
É o bang! É o bangue-bangue.
É o caos e a criação.
A minha paixão
é como uma contração.
Que delicadamente
esmigalha tudo
até virar suco.
É passado, presente e futuro,
existindo simultaneamente.
É o dia inteiro, absolutamente!
Até a vigésima quinta hora!
A minha paixão
é ontem! É agora!
É tridimensional... Abstrata.
Anormal, desenfreada!
É apego e desapego.
É vício e solidão.
É ascensão absoluta
e degradação violenta.
A minha paixão
não se aguenta!
Não tem vergonha
não tem limite.
A minha paixão
é uma bronquite.
Que me destrói,
me rói o peito
e não tem xarope
nesse mundo que de jeito!
A minha paixão
é minha pior qualidade,
e é meu melhor defeito!

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