segunda-feira, 3 de setembro de 2007

balas amargas de mel


Aponte sua arma para mim!


Puxe o gatilho,


detone todas as balas.


Eu sei que elas não são de mel,


nem tampouco de hortelã.


Tire do meu ombro esse xale de lã.


Sopre um vento frio em meu pescoço.


Me negue o seu almoço.


Derrame no tapete a sobremesa.


Me dê um tapa com mão de luva,


me esmague no seu dente,


feito um caroço de uva.


Mas sonha comigo...


Todos os sonhos do amanhã!

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