segunda-feira, 17 de setembro de 2007

S.O.S.


O mundo perdeu o fio da meada,
mas continua afiada a navalha
que corta todo dia a nossa carne.
O cheiro dos sonhos mortos,
os rostos anônimos renegados
à fogo, cinzas e escombros.
Cabeças cortadas, caçadas.
Capacetes e turbantes 
espalhados pelo chão.
São inimigos desiguais, 
Uns em busca de outra farsa.
Todos querendo o seu quinhão!
Enquanto isso, crianças morrem 
de bala, medo, dor e fome.
E seus pais encontram vida eterna.
Nos campos da santa guerra.
Nos equívocos da guerra santa.

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